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Oi! Vou te contar como foi minha experiência no Vale do Silício e o que eu aprendi por lá. Acredito que pode servir de inspiração para você neste novo ano que começa hoje!
Então, se você tem alguma ideia e deseja tirá-la definitivamente do papel, continue lendo este post.
Você vai ler aqui:
- Um resumão sobre o Vale do Silício
- Museu da Intel, Museu da História do Computador e Nasa Ames Research
- Universidade de Stanford, Google, Apple
- Vale do Silício: Como nasce uma grande ideia?
Um resumão sobre o Vale do Silício
Não é meu foco aprofundar sobre a história do Vale do Silício e nem falar de cada uma das empresas e startups que estão lá. Afinal, são muitas e a história é longa, então vou fazer um resumão para você.
É no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, que está o Vale do Silício, que poderia ser apenas um conjunto de cidades. E é mesmo, só que com um “detalhe”: é dos maiores centros de inovação e tecnologia do mundo.
San Jose, Santa Clara, Palo Alto, Los Gatos, Los Altos, Mountain View, Monterey e várias outras cidades da baía de San Francisco. Elas reúnem ideias que modificaram profundamente nossas vidas.
Google, Facebook, Instagram, Whatsapp, Twitter, Airbnb, IBM, Dell, Mozilla, Yahoo, Apple, Netflix, Microsoft, Oracle, Adobe, LinkedIn, PayPal, Uber, Intel. Essas são apenas algumas das inúmeras startups que nasceram no Vale do Silício e/ou que têm escritórios por lá.
Não preciso dizer muito que essas empresas transformaram a forma como a gente se comunica e se conecta com os outros. É algo grandioso, profundo e complexo.
O surgimento e desenvolvimento do Vale do Silício tem íntima relação com Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, já que os Estados Unidos investiram pesado em políticas incentivo à tecnologia justamente para lidar com a situação de guerra.
Por que silício? É a principal matéria-prima utilizada na produção de componentes eletrônicos.
Ah, importante: não dá para entrar de fato dentro das empresas se você não tiver um contato lá dentro ou fizer parte de algum programa de excursão.
Mas deu para fazer um tour. Outra coisa importante: justamente por ser o berço de ideias extraordinárias, você pode achar que vai chegar e encontrar algo visivelmente tão extraordinário quanto. Mas não deve ser esse seu intuito, ou você vai se decepcionar.
São casas, apartamentos, prédios. Condado de cidades. Algumas bem bonitas, claro. Por isso o que vou falar aqui é do que não é tão visível a olho nu. É sobre o que está nas entrelinhas.
Mas antes, um outro resumão do que eu fiz por lá.
Museu da Intel, Museu da História do Computador e Nasa
Você provavelmente está lendo este post pelo celular ou computador. Ele tem chip. Quem criou foi a Intel. Intel fez parte do desenvolvimento da memória RAM, do USB…e por aí vai. É simplesmente a empresa que revolucionou a informática.
A Intel parece daquelas empresas “invisíveis”, mas que está em tudo quando o assunto é tecnologia de computadores.
Conheci o Intel Museum (Museu da Intel) e gostei muito! Ele fica em Santa Clara e a visita é gratuita.
Também fui até o Computer History Museum – Museu da História do Computador. Dá para ficar muitas horas por lá, pense num lugar recheado de história e informação!
Conheci duas partes da Nasa. Uma delas é O Moffett Museum. Outro espaço interessante, que preserva artefatos históricos militares locais. Inclusive aeronaves utilizadas em guerras. Valeu a visita.
E quem nos contou muitas histórias foi um voluntário do museu. Queria lembrar o nome dele. É de Taiwan, atencioso, me abordou tímido e curioso para saber a língua que eu estava falando.
Ele nos contou a história dessa máquina fotográfica. Detalhe: a foto foi antes de eu saber da história, triste por sinal.
Também fui a um centro de visitação da Nasa, que é uma espécie de loja de lembranças e museu. Fica em Moffett Federal Airfield.
Lá conheci uma senhora que trabalha no centro e também foi muito gentil com a gente. Conversei rapidamente com ela. Engenheira, o marido é cientista da Nasa. Ela disse que queria muito ser astronauta, mas na época em que ela era jovem mulher não podia fazer quase nada.
E olha que interessante: quando perguntei se havia mais partes da Nasa que poderíamos conhecer, ela disse algo como: “as pessoas acham que é preciso vários prédios, que temos várias estruturas grandes. Mas não é bem assim. A comunicação da empresa, o nosso trabalho está aí, em todas as partes”. Ela quis dizer que é meio engessado esse pensamento de uma estrutura física bem delineada. Estamos em outra era.
Isso é interessante. Neste mundo em que estamos vivendo, a existência de um espaço físico para o desenvolvimento de uma atividade muitas vezes é totalmente questionável e dispensável.
Stanford, Google e Apple
Se puder, conheça uma das universidades mais renomadas do mundo, segundo vários rankings, como a QS Ranking: a Stanford University. Cheguei umas quatro da tarde, escurece cedo na época em que fomos. Não daria tempo de conhecer nem metade, é imenso. Conheci dois museus lá dentro.
Minha visita ao google foi decepcionante. Afinal, o google é uma das empresas mais valiosas do mundo. Sei que ela está mesmo é na nuvem, mas esperava por exemplo, um centro de visitação com informações e curiosidades sobre a empresa. Será que eu fui engessada, como pensa a senhora da Nasa? Talvez, mas eu realmente esperava mais.
O que encontrei no Googleplex foi uma passarela entre prédios, só para você andar, olhar para os lados, ver alguns funcionários e ponto. Foi isso. Essa foto foi antes da decepção, kkk:
Apple: o centro de visitação é bem bonito, aquele design jeito apple de ser. Fui até uma loja com produtos da empresa e também uma parte em que você conhece todo o campus da Apple através da tela do tablet, por meio da realidade aumentada.
Mas também não dá para fazer muita coisa além disso. Como eu disse, o que eu aprendi nos 4 dias em que fiquei no Vale do Silício está relacionado à “filosofia” que atravessa essas ideias extraordinárias, que surgiram de pessoas “comuns”, como foi falado no Museu do Computador. Seres humanos, gente como a gente.
Vale do Silício: Como nasce uma grande ideia?
Não sei você, mas eu imaginava que é preciso ter local, hora, vestimenta, todo um cenário para grandes ideias surgirem. E já tem tempo que isso vem caindo por terra, desde que comecei a ler sobre histórias de grandes empresários e empresárias que fizeram e fazem história.
E no Vale do Silício isso ficou mais claro ainda. Como nasce uma grande ideia? “Ah, acabei de ter uma ideia: vou criar o instagram”. Não, não é assim. É até meio difícil de explicar. As coisas vão acontecendo, se modificando. Nascem como algo que ninguém, nem mesmo a própria pessoa, consegue entender e definir.
No meio do embolado: muitos problemas. Críticas. Inúmeros erros. Falência. Novas tentativas. Persistência. Mais problemas. Mudanças.
Semelhante à própria dinâmica da vida.
E nesse emaranhado, a ideia vai se reconstruindo, ganhando contornos mais definidos.
Então, se você acha que para ter grandes ideias, vai precisar de toda uma conjuntura, não se iluda. Não é assim. Se quer criar algo ou já tem um projeto em mente e está esperando condições adequadas, não espere, pois definitivamente não é assim que funciona. Experiência própria. Comece!
E, para fechar: você tem ferramentas riquíssimas na palma da sua mão. Muitas delas criadas no Vale do Silício. Diferente do que alguns dizem, quanto à tecnologia, no sentido geral do termo, acredito que estamos na era da abundância, e não da escassez.
Gostei muito de conhecer esses lugares, foi um momento importante de aprendizado para mim! Como eu disse no início do post, essas grandes ideias vieram de pessoas.
De seres humanos, com seus problemas. Não tem nada de extraordinário. Ou melhor, o que é extraordinário é justamente a forma como essas pessoas percebem a vida. Perseveram e não enxergam problemas ou fracassos, mas oportunidades, desafios inerentes a qualquer projeto de vida.
Se você quiser saber mais sobre o que eu fiz nos Estados Unidos, neste post eu falo do Grand Canyon. Até o próximo post 🙂