Atualizado em
Eu fui até esse lugar monumental e vou contar um pouco da minha experiência aqui! Conheci parte do Grand Canyon por terra, pois fui de ônibus, e parte de helicóptero.
Atualmente o Parque Nacional Grand Canyon, que completa um século de vida em 2019, é considerado o parque nacional mais visitado do mundo.
É nele que se encontra o Grand Canyon, patrimônio da Unesco, a qual define a formação natural como um dos maiores espetáculos geológicos da terra.
Apesar de não haver um consenso na lista, o Grand Canyon está entre as maravilhas naturais do mundo.
Depois que vi com meus próprios olhos, constatei o porquê. Como disse o 26° presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, em visita ao local no ano de 1903: “está além da descrição…” mas, como uma jornalista que precisa se virar com as palavras, me atrevo a tentar usá-las para falar do Grand Canyon.
E começo dizendo: é impressionante.
Como surgiu o Grand Canyon?
O Grand Canyon fica no estado de Arizona, nos Estados Unidos.
Consegue imaginar o que são 446 quilômetros de extensão, quase 30 de largura e, em algumas partes, quase DOIS quilômetros de profundidade de desfiladeiros imensos de várias cores e formatos?
Inúmeros cientistas e estudiosos se debruçam sobre o fenômeno natural Grand Canyon. Ainda há muitas discussões sobre o seu surgimento. Mas algumas evidências são consideradas.
Para você ter uma noção do quanto esse canyon tem história, rochas espalhadas no fundo dele remontam a dois bilhões de anos.
O que dizem é que o Grand Canyon foi formado por atividade geológica da terra e pelo Rio Colorado, que flui através do canyon.
E a atividade erosiva continua. A erosão segue esculpindo os contornos do Grand Canyon. Ele fica mais largo e profundo a cada dia que passa!
Muitos anos de anos de histórias e curiosidades. Que abrangem, como diz a Unesco, dentro dos limites do parque, as quatro épocas da história evolutiva da Terra, do Pré-Cambriano ao Cenozóico.
Hoje há cinco tribos indígenas que moram no Grand Canyon: Navajo, The Hopi, Havasupai, Paiute e Hualapai.
De Las Vegas até a borda sul do Grand Canyon
Eu conheci o Grand Canyon através de dois meios de transporte: ônibus e helicóptero. Estava em Las Vegas e fiz um bate e volta.
Se você tiver um dinheiro a mais para desembolsar, eu recomendaria o tour de helicóptero além do ônibus.
O Grand Canyon, devido à sua magnitude, possui vários pontos abertos à visitação. A borda oeste (west rim) e sul (south rim) são as mais visitadas.
A borda sul é conhecida por ser a parte mais profunda e ampla do Grand Canyon. E também chamada de “filé” por alguns viajantes. O que eu mais li antes de viajar foi: se você for ao Grand Canyon e tiver tempo, conheça a south rim! E foi nela que eu fui, mas sem ter tempo, rs.
Também tem a borda oeste, outra bastante visitada. Uma amiga minha foi e disse que adorou. O tour por lá passa pela famosa Skywalk, conhece? Nada mais nada menos que uma passarela de vidro de 1219 metros de altura, em que você olha para baixo e vê o canyon.
Eu queria conhecer essa passarela de vidro, mas de ônibus era ela + west rim ou south rim. Decidi ir até a borda sul mesmo, mesmo sendo quase o dobro da distância saindo de Las Vegas.
Bate e volta de ônibus
De Las Vegas até a borda sul do Grand Canyon são aproximadamente 400 km só para ir. Ou seja, disseram que seria cansativo, mas para mim ok, só dormir que passa. Já tinha lido que muita gente não recomenda bate e volta, mas no meu roteiro era o que daria pra fazer. E eu fui, claro!
O que eu não imaginava é que as paradas do passeio seriam tão corridas. Acho que fiz os cálculos de tempo meio errados hehe. A primeira parada foi na barragem Hoover – Hoover Dam, considerado o maior projeto dos Estados Unidos e com uma longa história cheia de fatos importantes.
Ficamos apenas 20 minutos lá, suficientes para andar alguns bons metros até chegar à ponte da qual se vê a barragem, olhar um pouco a represa e ter que voltar quase correndo para o ônibus.
Mas tudo bem, a represa não era o foco principal do passeio. Ah, tem tour só na Hoover Dam, para quem quiser saber mais.
Depois, seguimos para o Grand Canyon. Ao todo, saindo de Las Vegas, umas 4 horas de viagem.
Eu não tenho nada a reclamar do ônibus fora o tempo pequeno das paradas, mas para quem quer fazer um bate volta, acho que é suficiente. Em cada mirante do canyon você fica uns 30, 40 minutos.
Mas, antes de entrarmos nos mirantes, fomos fazer um passeio de helicóptero.
Sobrevoando o Grand Canyon de helicóptero
Eu já havia pesquisado antes sobre tour de helicóptero, mas o preço estava bem salgado, média de 350 dólares por pessoa. E ainda mais para nós que trabalhamos com reais… né?
Os passeios saíam direto de Las Vegas e pousavam dentro do Grand Canyon, alguns com direito a curtir o sunset bebendo um champagne. Resolvemos ir de ônibus, cujo valor era de 75 dólares por pessoa, o mais barato que achei.
Mas, quando chegamos na base de saída para o Grand Canyon, um moço da empresa, gentil e empolgado explicou sobre o tour de helicóptero que sobrevoava o Grand Canyon por meia hora, sem pousar dentro.
E o preço por pessoa era bem mais em conta. Só olhei para o meu marido, ele olhou pra mim e quando me dei conta, já estávamos dentro do helicóptero, kkk.
O busão finalmente chega até a south rim e o motorista, atencioso e engraçado: “vou parar aqui para deixar os voadores no aeroporto. Ei, voadores, cadê vocês?”.
E lá estava eu de copilota. Eu era a mais leve da turma, para balancear o helicóptero fui na parte da frente. Minha primeira vez em um helicóptero, deu um friozinho bom na barriga, mas sumiu assim que tudo começou 🙂
Que experiência!
Eu senti cada segundo dos 30 minutos de voo. A pilota era bem simpática e tranquila. Sobrevoamos um pouco antes de entrar de fato no canyon. Passamos nas bordas norte e sul.
Tudo geologicamente plano e de repente… surgem “do nada” aqueles desfiladeiros de cair o queixo… o rio colorado bem pequeno lá embaixo e um pouco de neve para melhorar ainda mais o cenário!
Um parêntese: sim, eu amo montanhas nevadas e cenários de neve, neste post eu falo sobre minhas experiência no Lake Tahoe (que fica também nos Estados Unidos) no inverno.
Quanto ao Grand Canyon, eu estava tão atônita com a beleza de tudo aquilo que não consegui prestar muita atenção no áudio que falava sobre o lugar – mas no ônibus já tinham falado a viagem toda rs – Só me ligava quando a pilota perguntava se estava tudo bem.
Uma amiga minha de longa data me perguntou: o que você mais gostou nessa viagem para os Estados Unidos?
Acho que cada experiência tem um sentimento único. Mas sobrevoar o Grand Canyon foi emocionante.
Conhecer o Grand Canyon: tem opções para todos os bolsos
Vale lembrar que existem várias formas de você conhecer o Grand Canyon, não precisa ser só de helicóptero! Você pode ir de ônibus e fazer um bate e volta, como eu fiz (saiu mais em conta para nós), ou alugar um carro e ir por conta própria.
Agora, se quiser voar e gastar bem mais, a opção é o tour o que sai direto de Las Vegas.
Ah, dica: comprei alguns passeios no Get Your Guide, não tive problemas.
E outra dica: apesar de ter opções mais “em conta”, não vi nada muito barato nessa viagem (óbvio, é dólar), mas mesmo sendo em dólar achei os valores altos, fica a dica de planejar com bastante antecedência.
Segui algumas dicas de outros blogs, por exemplo, comer em alguns fast foods. Comi apenas todos os dias da viagem, hahaha pq era tudo muito caro.
Para fechar: se você quer realmente conhecer o Grand Canyon com mais calma, durma lá por perto. Procure por opções em Flagstaff e Phoenix, tem hoteis dentro do parque… acredito que tem opções para todos os bolsos dentro dessas limitações que falei acima.
Se for um amante de paisagens naturais como eu, por favor anote esses nomes e passe alguns dias na região do Grand Canyon para você conhecer: Bryce Canyon, Antelope Canyon, Horseshoe Bend, Monument Valley.
Estava no meu pré-roteiro conhecer o Horseshoe Bend e o Antelope Canyon, mas precisamos retirar pois era tudo muito caro.
Estou finalizando este post só para você entrar no google e pesquisar sobre esses nomes. Olha… quero conhecer tantos lugares, mas ainda queria voltar para fazer o tour dos canyons.
Tenho certeza de que não conheci 1%, mas o que vi por lá já encheu meus olhos de gratidão.
No próximo #storytravelling falarei sobre roteiros de viagem! Até!