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A cada vez que revejo fotos das minhas viagens, é um suspiro diferente. De saudade, de orgulho. O de hoje é de afeto. Recordei de uma tarde muito boa em Lisboa.
Então suspirei palavras por aqui.
Para começar, eu senti de novo até o cheiro deste dia. 29 de novembro de 2017.
Esse foi o dia da Torre de Belém, do Monumento dos Descobrimentos e do Mosteiro dos Jerónimos, um trio de enorme importância na história de Portugal.
Mas também foi o dia do almoço regado a bacalhau e muito azeite num restaurante charmosinho à beira do Rio Tejo.
Além do mais, foi o dia em que eu tive um misto de sensações. Afinal, a história aflora quando a gente conhece de fato Portugal né. E percebi que gostaria de voltar. Quem sabe um dia.
O cheiro do café da manhã
Para aproveitar o dia ligeiramente frio e ensolarado, saí abastecida com um dos melhores cafés da manhã que já comi na vida. É do “Lisboa Pessoa Hotel”.
Logo, já deixo a dica se você quiser fazer do seu café da manhã uma verdadeira experiência.
Daniela, minha xará, trazia, junto com sua simpatia em pessoa, as gostosuras da comida portuguesa.
Além disso, foi um revezamento entre comer e olhar para a vista lá fora, onde o imponente Castelo de São Jorge claramente se sobressaía.
Durante os 4 dias em que fiquei em Lisboa, eu andei muito pela cidade. Mas eu adorava voltar para o hotel. O cheiro não só do café, mas daquele cantinho em que sentava toda manhã.
Um cheiro de alegria, de aconchego. Pensando bem, não sei se existe cheiro disso, mas é o que eu sentia.
Bom, abastecida, parti eu e meu marido (na época, noivo) para o rolê do dia.
A Torre de Belém e o Monumento dos Descobrimentos
Conhecer essa torre construída há mais de 500 anos foi muito legal. Fiquei encantada com a arquitetura peculiar de mais de 30 metros de altura! E bem típica da época, com muitos elementos nacionalistas portugueses.
A Torre de Belém fazia parte de um sistema de defesa de Lisboa contra ataques. Foi construída entre 1515 e 1520, no reinado de D. Manuel I.
No entanto, ela não funcionou só como defesa. Já abrigou presos políticos, foi farol…
A estrutura é grande! São 5 andares. Conheci todos os pisos. Da sala do governador ao terraço. Vale demais a visita.
Outra curiosidade importante sobre a Torre de Belém é que na década de 1980 ela foi inscrita como Patrimônio Mundial da Unesco.
Enfim, é um símbolo português importantíssimo e repleto de séculos de muita história para contar.
Depois de algumas horas na Torre de Belém, continuamos a jornada. Caminhamos ao lado do Rio Tejo e chegamos ao Monumento dos Descobrimentos, mais um ponto super famoso de Lisboa.
Afinal, é dali que saíam as navegações rumo a novas descobertas mundo afora!
Entre elas, o Brasil.
Então o Monumento dos Descobrimentos foi construído para homenagear as várias figuras portuguesas envolvidas nas explorações.
Dos dois lados do prédio, arquitetado em forma de caravela, a gente vê a fila dos desbravadores.
Para citar alguns: Vasco da Gama, que se destacou por comandar os primeiro navios a chegarem na Índia; Bartolomeu Dias, o primeiro europeu a contornar/descobrir o Cabo da Boa Esperança, na África do Sul; e Pedro Álvares Cabral, comandante militar que liderou a expedição marítima que chegou ao Brasil em 1500.
Também conhecemos a parte interna do prédio. Fiquei algum tempo na exposição “Atlântico Vermelho”. O nome é uma referência ao mar tingido de sangue para demonstrar as consequências da expansão europeia.
Do ponto de vista da história em si, foi uma sensação diferente conhecer esses pontos turísticos. É o que eu consigo descrever por agora.
Lisboa, quão boa você é!
Depois de tudo, sentei à beira do rio e fiquei ouvindo uma música de fundo – em um fundo nada mal.
Não sei quem cantava. Só sei que o som desconhecido ganhava ainda mais charme com o canto de um monte de pássaros que, ora sobrevoavam a água, ora emergiam e ganhavam contornos de sombra na luz do sol.
Ali, olhei para meu marido, ele olhou pra mim, e conversamos sem nada falar.
Sabíamos que aquela tarde tinha um gostinho diferente, do qual a gente ia sempre lembrar com afeto. Com um suspiro.
Juntamente com o frio de outono e o sol refletindo nas águas, o momento da foto abaixo foi daqueles que cutucam a alma da gente sabe.
O dia todo foi ótimo, mas essa tarde me marcou.
Para fechar a tarde, conheci o Mosteiro dos Jerónimos, que compõe o trio super visitado por milhares de turistas pelo mundo.
É uma construção idealizada em 1496 pelo rei D. Manuel I e demorou 100 anos para ficar pronta. A estrutura é claramente suntuosa, e você não imagina por dentro.
Além disso, em 2007 o local foi eleito uma das 7 maravilhas de Portugal. O Mosteiro é que muitos chamam de o apogeu da arquitetura Manuelina.
Vou encerrar este post destacando a parte de um livro que estou lendo. Ele diz que para se contar uma boa história, você precisa ver, escutar, sentir.
Ou seja, precisa tocar o mundo e se sentir tocado por ele. Só assim a escrita faz sentido. Acrescento que ela vem com recheio. E esse dia foi exatamente assim.
Então, esse é um daqueles dias que você quer guardar no potinho.
Você tem algum momento digno de potinho?
Beijos e até o próximo #storytravelling. Ainda sem poder cruzar fronteiras fisicamente, com as palavras a gente transborda 🙂