Atualizado em

Oie! Resolvi trazer de forma mais explícita a Dani jornalista para falar do lead e de como ele pode te ajudar na sua comunicação e na criação de conteúdo com mais eficiência.

Escrevi este post pois percebo que algumas pessoas têm dificuldades de ser claras e objetivas na hora de produzir conteúdo para os seus seguidores e/ou potenciais clientes sobre o trabalho delas.

Ora essa, isso não deveria ser fácil? Falar sobre algo que eu faço com frequência, que está impregnado ou pelo menos começando a impregnar no meu cotidiano (no caso de trabalhadores em começo de carreira)?

Deveria, mas não é. É curioso como o básico e o óbvio são difíceis de ser assimilados.

E como perguntas aparentemente simples sobre o que nos é ordinário parecem tão complexas.

Então este texto é para você que quer se comunicar melhor aqui na internet e produzir conteúdo com mais eficiência. Eu descobri que o lead pode te ajudar nessa árdua jornada.

O que é o lead no jornalismo?

Na universidade, a gente estuda, entre outras tantas técnicas de escrita e organização de informações, o lead.

E, no jornalismo, o lead é a abertura da matéria. Em termos gerais, são as primeiras linhas e que devem apresentar a você, leitor, as informações básicas e essenciais sobre o fato em questão.

Logo, essa parte inicial da matéria deve ser desenvolvida com algumas técnicas específicas para que a mensagem seja eficiente – dentro do que se acredita diante dos preceitos jornalísticos.

Como diz o manual de redação do Estadão, o lead,

Nos textos noticiosos, deve incluir, em duas ou três frases, as informações essenciais que transmitam ao leitor um resumo completo do fato. Precisa sempre responder às questões fundamentais do jornalismo:

O quê?

Quem?

Quando?

Onde?

Como?

Por quê?

Neste contexto, o jornalista, na hora de construir o texto, procura responder a estas perguntas.

Depois, claro, nos parágrafos seguintes, temos o aprofundamento, com mais detalhes do fato, como desdobramentos, declarações etc.

Então o combo lead + demais partes do texto compõe o que se chama de Pirâmide Invertida. Detalhe: lead no topo, já que estaria em ordem de maior importância.

E ele tem sua devida importância: não só sistematiza a informação como também pode te instigar a querer ler o restante da matéria.

Dito isso, não vou fugir à pauta me alongando sobre a história, tipos de lead e/ou debates em torno de sua eficiência. Deixo isso para uma conversa de bar com meus amigos jornalistas.

Vou então focar principal que é associar essa “figura” marcante do jornalismo à sua comunicação.

Como o lead pode te ajudar?

Nos seus conteúdos, é importante que as pessoas entendam a mensagem essencial do seu trabalho.

E o interessante é que essa parte mais substancial pode ser encontrada respondendo às perguntas do lead.

Então a ideia é você experimentar respondê-las.

Ah, antes de começar, ressalto que fiz um adaptação do lead jornalístico original, já que transpus o conceito para o universo do marketing de conteúdo.

Então pegue um papel e uma caneta e responda para você mesmo:

  • O quê – eu quero falar?

Você realmente sabe o que falar? Sobre quais os temas do seu trabalho deseja produzir conteúdo?

  • Para quem – eu quero falar?

Qual é o público alvo da sua mensagem? Essa pergunta é super importante, sério. Quantas vezes percebi que estamos ali falando, falando, e não sabemos muito para quem. Gastamos uma baita energia produzindo conteúdo, mas às cegas.

Quando – eu quero falar?

Em que circunstâncias o seu conteúdo vai ser importante e necessário? Em que situação a sua mensagem seria efetiva?

  • Onde – você vai falar?

Em quais mídias você estará presente? Vai fazer canal no Youtube? Criar um blog? Se você souber responder com clareza à pergunta 1, conseguirá ter um direcionamento melhor de por onde transitar aqui.

  • Como – você quer falar?

Tão importante quanto o conteúdo em si, é a maneira de dizer. Claro que você não precisa ser impessoal e objetivo como nós jornalistas no lead, rs. Mas pense sobre o tom e a forma da sua narrativa.

  • Por que – você quer falar?

Essa é ótima e muitas vezes difícil de ser respondida.

Porque o porquê tem a ver com o que se chama muito por aí de propósito (algo bem complicado de se discutir inclusive, rs. Se quiser saber mais, deixo meu podcast para você ouvir, neste episódio tem entrevista sobre o assunto).

Mas, em termos gerais, tem a ver com alguma coisa que te motiva a fazer o que faz e, que, por sua vez, te faz querer falar sobre.

Por que vc acha que as pessoas deveriam te ouvir? Por que sua mensagem é importante? Onde ela vai fazer diferença?

Sei que é difícil, estamos juntos.

Você percebeu que no lead a gnt caiu na subjetividade humana, e ela é pura complexidade.

Mas, que tal pelo menos pensar sobre? Afinal, comunicação é sobre técnico, abstrato, tudo junto e misturado se compondo na própria prática.

E um dos benefícios do lead é te trazer clareza e direcionamento da sua mensagem.

Da mesma forma que no jornalismo ele nos informa sobre a mensagem essencial do fato, na comunicação digital ele te ajuda a construir a ponte com seu público.

Eu vou responder

Para encerrar, não quero fazer parte do ditado “Casa de ferreiro, espeto de pau”, então vou responder às perguntas do lead:

“Eu quero falar sobre o universo da comunicação e suas interfaces, como mídias, tecnologias, educação, jornalismo. O meu público alvo são pessoas interessadas em aprender e desenvolver sua comunicação profissional, seja na internet ou fora dela. A minha mensagem é importante por exemplo nos contextos de dores relacionadas à comunicação, especialmente a digital: fazer posts em mídias sociais, gravar stories, fazer vídeos, escrever um texto, desenvolver a comunicação de venda de um curso, usar a comunicação para conseguir autoridade digital e atrair mais pessoas e clientes etc. Neste contexto, é super importante eu ter este blog para aprofundar nos conteúdos. Também estou presente no Instagram, onde tenho mais audiência. Estou cogitando a hipótese de um canal no Youtube. Atualmente estou também no Pinterest e LinkedIn, mas ainda não encontrei a vibe em ambas. A minha narrativa… digamos que “aplica” a minha autenticidade à linguagem do meu público alvo que, até o momento, tem em média de 20 a 35 anos. Eu tenho o meu jeito de dizer, que considero espontâneo, às vezes divertido, às vezes mais sério, mas sem muita sisudez – comumente associada ao jornalismo e visto (não por todos, felizmente) como sinônimo de competência – . Mas ainda estou trabalhando e aprendendo sobre esta narrativa, tentando não analisá-la demais pois quanto mais racionalizamos, menos autênticos somos. Para fechar, por quê? Nossa, eu não gosto só disso, mas gosto demais disso! Rs Jornalismo, comunicação, pessoas. Acredito no potencial transformador da comunicação e acho que todos precisam aprender sobre aquilo que é uma praxe humana e que é a ponte das conexões sociais”.

Está aí meu lead não jornalístico. E em constante transformação.

Antes de me despedir, deixo outra sugestão de leitura: este post sobre as vantagens de usar humor nos nossos posts.

Beijos 🙂