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Em 2016 eu conheci esse lugar “diferentão” chamado Ilha de San Andrés, onde o mar tem sete tons de azul!
A ilha colombiana não fica perto da Colômbia. Na verdade está localizada bem próxima da Nicarágua.
É um lugar simples e com uma natureza escandalosa de bela. Até tobogã que cai no mar tem, acredita?
No meu instagram, fiz um boomerang do dia em que desci nele, olha aí: https://www.instagram.com/p/BK9UV8IgpT6/?utm_source=ig_web_copy_link
Uma ilhota super povoada e exótica
Tentei colocar o cinto de segurança, mas não tinha. Tipo, eles tiram o cinto mesmo, não sei o porquê.
Aquele trânsito louco, um monte de gente nas ruas, quatro pessoas numa moto, ruas mega estreitas, gente buzinando, reggae no último volume, eu impactada e o taxista na maior paz.
Você conhece a ilha em um dia tranquilamente. São só 26 km quadrados, que acolhem nada mais nada menos do que 90 mil pessoas. Tem noção?
A ilha, como qualquer lugar, tem seus problemas. Muita gente, muitos turistas, um pouco de desorganização, infraestrutura não é lá essas coisas. Água do chuveiro não é dessalinizada como disseram. Mas, para mim, foi tranquilo.
Agora, se você não curte passeios mais rústicos, não sei se a Ilha de San Andrés é para você.
Calor, reggae e beisebol
Eu correndo (literalmente!) atrás de sombra, e os nativos jogando baralho nas ruas, com o sol rachando na cabeça, ao som estridente do reggae.
Em pleno meio-dia uma turma jogando beisebol. Enquanto o jogo rolava, umas caixas de som gigantes agitavam a torcida e os jogadores também. Impossível resistir ao “batuque” caribenho.
Muita gente e muita coisa para fazer. Você pode se aventurar em trilhas pela ilha, apreciar a culinária deliciosa, pular de um trampolim (sim, fica ao lado do tobogã que mostrei acima no boomerang!), direto no mar, se jogar na vida noturna. Experimentei a Coco Loco, uma boate. Até os mais tímidos se rendem ao compasso.
Você pode conhecer as ilhas próximas de barco (fui até a Johnny Cay), e claro, apreciar as praias lindas, como a de Spratt Bight (a mais famosa) e o mar de sete cores.
Os navios encalhados perto da Ilha de San Andrés
San Andrés parece uma piscina de borda infinita, você olha para frente e vê a linha tênue entre o céu e o mar.
Por causa das barreiras de corais, vários navios encalharam. Sabe há quanto tempo eles estavam lá?
O mergulho no mar de sete cores
A mulher feliz com esse capacete é a mesma que poucos minutos antes deu um mini ataque de pânico.
Eu estava nervosa. E se acabasse o oxigênio? Se você abaixar a cabeça, por exemplo, entra água. Mas é só voltar à posição normal que a água desce, por causa da pressão do oxigênio.
Mesmo assim, bateu um frio na barriga, mas eu queria muito fazer o passeio. Coloquei o capacete e o mergulhador disse: “vamos fazer um teste, descer um pouco, e você me fala se está tudo bem”.
Mal desci e pedi pra subir. Eu não conseguia respirar. Não sei se me deu claustrofobia, pânico de faltar ar, e aí que faltou mesmo! Mas o oxigênio estava saindo normal no capacete, eu ouvia o barulho, lembra o de um jato de água.
“Calma! Está tudo bem, tem oxigênio! Vamos tentar de novo?”
Meu marido nem deu muita moral para o meu medo, quando me dei conta, vi ele dentro da água já. O que me restava era ir também. Respirei fundo, vi que era tudo “psicológico” e pronto, afundei. Afinal, com um capacete de 35kg, você cai em pé lá no fundo, igual gato.
Claro que eu nunca andei na lua, mas acho que caminhar no solo marinho é parecido, você gasta meia hora para fazer qualquer movimento simples.
Eu queria virar para trás para dar tchau ao meu marido, mas ia demorar demais.
Às vezes eu ainda pensava: e se o oxigênio acabar, jesus amado. Mas logo esquecia pois eu tinha tanta coisa para ver ali: a começar pelos habitantes.
Os dois mergulhadores que nos acompanharam foram excepcionais. A todo momento, acenavam para a gente, perguntando se estava tudo ok.
O sinal de “joinha” como fazemos no Brasil não significava que estava tudo joia, e sim que você precisava subir.
Teve uma hora em que eu acenei com o joinha para o guia, mas lentamente mostrei que eu me confundi e que estava ótima.
Sete cores, sete lições
Você já vivenciou algo que estava com muito medo de vivenciar? Mas que, justo por superar todas as barreiras, aquilo se tornou uma experiência importante na sua vida? Então, este texto é sobre como momentos assim nos ensinam sobre a vida.
No caso, do mergulho no mar de sete cores, eu tiro sete lições:
- Sabe aquelas decisões que você toma, aparentemente insignificantes aos olhos dos outros, mas grandiosas para você? Então: valorize isso! Fale sobre elas. É uma forma de lembrar o quanto você está caminhando na vida!
- Uma escolha pode provocar mudanças profundas na sua vida.
- Não menospreze o medo do outro. Cada qual tem suas questões.
- É difícil, mas é muito benéfico para o seu cérebro tomar decisões. Ficar em cima do muro é exaustivo.
- A vida é sobre como você a percebe. Se você muda a sua percepção, tudo muda.
- Superar medos e fazer o que você quer fazer é uma das coisas mais valiosas que existem.
- Tem hora em que a gente precisa arriscar na vida e mergulhar fundo. Literalmente ou não.
Se quiser saber mais histórias de viagens, dá uma olhada nessa lagoa de sal no meio do Deserto do Atacama. Tem também uma cidade espanhola que fica à beira do abismo. Chocada.
Obrigada por ter lido até aqui 🙂
Maravilhoso esse blog. Me deu uma vontade de ir, Cê não faz ideia. Sucesso. Adorando os posts
Obrigada amigo! Este lugar é simplesmente sua cara!! Vc ia amar!